Catálogo


Impresso

ESTÉTICAS TECNOLÓGICAS

Novos modos de sentir

Lucia Santaella (org.)
Priscila Arantes (org.)

Em junho de 2006, o congresso internacional com o título Estéticas tecnológicas – arte-ciência, computadores vestíveis, games, realizado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, deu ocasião para que muitos dentre os maiores artistas e especialistas em cultura e arte digital no Brasil apresentassem seus trabalhos, colocando em discussão o que podemos, sem erro, qualificar como a linha de frente das pesquisas e produções artísticas no campo das estéticas tecnológicas que estão sendo realizadas no momento no país. Este livro, editado pelas organizadoras do evento, que assinam esta apresentação, busca agora trazer a público os resultados desse encontro. Embora nem todos os participantes tenham submetido seus trabalhos para publicação, os que o fizeram atualizaram seus textos, de modo que o leitor encontrará, nas contribuições deste volume, a informação mais recente em arte, mídias e linguagens digitais de autoria nacional.


Livro indisponível 

LÉVI-STRAUSS, ANTROPOLOGIA E ARTE

Minúsculo – incomensurável

Dorothea Voegeli Passetti

A arte, os artistas, suas culturas e seus objetos situam-se no domínio de interesse principal deste livro através das originais formulações que se distribuem pela obra de Claude Lévi-Strauss. Os objetos relatam mais do que a materialidade passada ou presente das culturas; são mais propriamente formas de pensar o mundo que, embelezando ou dissimulando, incorporam em sua concretude a sociedade, a natureza, o sobrenatural. Conectam e atravessam culturas, expõem a natureza como parte intrínseca da vida ou como designação criada para dignificar superioridades culturais muitas vezes traumáticas.


Livro indisponível 

LÍNGUA PORTUGUESA

Lusofonia - memória e diversidade cultural

Neusa Barbosa Bastos (org.)

Nesta obra, são apresentados textos que abordam questões lusófonas, aspectos teórico-práticos da língua portuguesa e perspectivas de análise de discursos variados, nas modalidades oral e escrita, em manifestações verbais, não-verbais, literárias, gramaticais, históricas e historiográficas. Apresentam-se reflexões sobre a lusofonia, sobre nosso patrimônio maior, a língua portuguesa, e sobre suas manifestações de uso. Dessa forma, pretende, com os estudos linguísticos e literários, apresentar reflexões sobre essa língua que, na verdade, não é de ninguém, é de todos aqueles que a utilizam e permanece unificando nações com diversas características componentes da diversidade cultural dos seus falantes.


Livro indisponível 

NO VISGO DO IMPROVISO OU A PELEJA VIRTUAL ENTRE CIBERCULTURA E TRADIÇÃO

Comunicação e mídia digital nas poéticas de oralidade

Maria Alice Amorim

A literatura de cordel brasileira, grande painel da vida cultural e social do nordeste e de suas extensões migratórias e da realização mitopoética da criação escrita/oral, consegue reunir e elaborar um extenso saber popular. O que é espantoso entre nós é a sua transformação e, ao mesmo tempo, sua permanência nos espaços que desbravamos e vivemos – o das novas tecnologias, suas linguagens e suportes. Situando velhos temas, ela nos vai garantindo novas expressões, em que acompanhamos como as antigas modalidades se organizam e oferecem, de que é exemplo o caso das pelejas virtuais. Maria Alice Amorim, pesquisadora incansável, registra e descreve as artes do improviso e da transmissão de conhecimentos prévios já elaborados. Faz mais que isso, passa da poesia que acompanha para a poesia de um entendimento que consegue recriar poeticamente em seu texto. Aproxima tempos/espaços em contínuo-universal, mas nos coloca sempre diante de paisagens culturais e humanas profundamente brasileiras. Capa dura


Impresso

O MÉTODO ESPECULATIVO EM FREUD

Leopoldo Fulgencio

Este livro faz uma análise da natureza e função da metapsicologia em Freud, mostrando que a teoria psicanalítica é composta por dois tipos de teoria: uma empírica, a psicologia dos fatos clínicos, que são os fundamentos da ciência psicanalítica, e outra, especulativa, a metapsicologia. Esta última é caracterizada pelo próprio Freud como uma “superestrutura especulativa da psicanálise, onde cada parte pode ser sacrificada ou trocada sem dano nem remorso, a partir do momento em que uma insuficiência é constatada” (Autobiografia, 1925). Ao fazer uma análise histórico-crítica do pensamento de Freud, o autor demonstra a procedência da avaliação que Heidegger fez sobre ele, em 1965: “A metapsicologia de Freud é a transposição da filosofia neokantiana [da natureza] ao ser humano. Por um lado, ele [Freud] usa as ciências naturais e, por outro, a teoria kantiana da objetividade” (Seminários de Zollikon).


Livro indisponível 

PANTANAL

A reinvenção da telenovela

Arlindo Machado
Beatriz Becker

Pantanal, da extinta Rede Manchete, foi um fenômeno de mídia que marcou a história da televisão e mudou o rumo da teledramaturgia brasileira. Sua estreia aconteceu em 1990, Ano Internacional do Meio Ambiente, antecipando a Conferência Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada dois anos depois no Rio de Janeiro, quando a telenovela foi novamente transmitida pela Manchete. Naquele momento, a ecologia ultrapassou os discursos da elite e invadiu a alma dos brasileiros. O Brasil rural que se escondia nos programas de música sertaneja nas manhãs de domingo se integrou ao cotidiano das grandes cidades. Pantanal revelou uma nova linguagem e mostrou cenas de amor e sexo recheadas de um erotismo lírico nunca visto na telinha. O nu virou notícia, mas não explicou a magia das imagens e dos personagens míticos que se misturavam com a natureza num paraíso selvagem onde era possível existirem equilíbrio e serenidade. O resultado de audiência foi tão impressionante que provocou uma guerra entre as concorrentes. Uma referência de qualidade na televisão, merecedora, portanto, de análise e avaliação.


Impresso

RECORTES MACHADIANOS

Anna Salles Mariano (org.)
Maria Rosa Duarte de Oliveira (org.)

O leitor é convidado para uma aventura por estes Recortes Machadianos e, embora seja este livro feito por leitores especializados, são autores-leitores que não abriram mão do prazer da leitura e do texto e também da invenção de interpretações não-autorizadas pela tradição crítica machadiana. Os autores apreciam alimentar dilemas diversos e sabem que pretender ser “machadiano” talvez levasse o próprio Machado a seu olhar distanciado, a sua ironia infalível e a seu humor sempre mais vivo do que nossa seriedade. São, sobretudo, desafios postos para todos os que lemos Machado de Assis.