Catálogo


Livro indisponível 

POLÍTICA E TEMPO EM GIORGIO AGAMBEN

Jonnefer Barbosa

Política e tempo em Giorgio Agamben pretende estabelecer uma espécie de conversação crítica com o pensamento do filósofo italiano Giorgio Agamben, tendo como questões básicas o problema contemporâneo da política e suas imbricações com o debate sobre o tempo. Um diálogo que pode, não raro, tomar o rumo do acordo, mas também do equívoco. O debate aqui não seguirá, portanto, apenas o ritmo da glosa e da análise, mas da polêmica e da problemática. Se, mesmo com os sobressaltos típicos de uma conversa errática e inconclusa, este livro resultar em “imagens de pensamento” válidas e apropriáveis, seus objetivos não serão de todo inviabilizados.


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AGAMBEN, GLISSANT, ZUMTHOR

Voz. Pensamento. Linguagem

Maria Rosa Duarte de Oliveira (org.)
Maria José Palo (org.)

Agamben, Glissant, Zumthor: Voz. Pensamento. Linguagem ressoa, em seu interior, as vozes que emanam desses três pensadores, unidos em torno de um mesmo desafio: o lugar-não lugar de um pensamento que deve enfrentar o abismo do sentido. Cada um dos artigos reunidos neste livro – que é a concretização de um trabalho dedicado à investigação do fenômeno literário em suas interfaces de narratividade – tem por princípio evidenciar a reflexão desencadeada por um ou outro conceito das obras de Giorgio Agamben, Édouard Glissant ou Paul Zumthor, fazendo deles um nó górdio que atuasse, simultaneamente, em duas direções: para dentro, como princípio unificador, e para fora, disseminando-se em outras derivações conceituais, geradas pelo confronto com formas poéticas, em prosa e/ou verso, trazidas para o campo de reflexão.


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CIDADE E ESPETÁCULO

A cena teatral luso-brasileira contemporânea

Carlos Fortuna (org.)
Lucia Maria Machado Bógus (org.)
Maria Amélia Jundurian Corá (org.)
José Simões de Almeida Junior (org.)

Os textos que compõem este livro são apenas pré-textos que convidam a refletir sobre a cidade como eterna representação. Sabemo-lo bem, tal cidade-representação corresponde ao clássico theatron: aquilo que tem de ser visto. Nunca foram outra coisa, as cidades. Umas vezes no seu todo, outras vezes no detalhe dos seus recantos de vida e arquitetura, a cidade é aquilo que merece ser visto. Assim, a cena urbana mistura-se, justapõe-se e confunde-se com a cena teatral. Desdramatiza-se a cidade desse modo, num ato que se desdobra em contínua fabricação de neoteatralidade. A cidade neoteatralizada é a cidade que se descobre e revela e se torna natural a cada momento. Pela mão do teatro, mas pelas suas próprias mãos também. Mostra as disparidades e as caóticas misturas de sentidos de que é feita. Admiração e repulsa, desdém e melancolia. O drama sempre renovado da urbanidade é o theatrum mundi, o palco único, dos nossos dias. Tão brutal naquilo que revela como naquilo que esconde. Luzes, por favor! Nada pode ficar encoberto. Tudo tem de ser revelado, e a cidade tornada mais consciente de si. Mais autorreflexiva. O teatro da cidade é política e culturalmente capacitante. Amplia e reforça a condição dos sujeitos-atores. Não pode haver cidade sem teatro. Na verdade, toda a cidade é teatro.


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CONVOCAÇÕES BIOPOLÍTICAS DOS DISPOSITIVOS COMUNICACIONAIS

José Luiz Aidar Prado

Os dispositivos comunicacionais oferecem uma multiplicidade de convocações e de receitas para guiar os usuários no mundo do consumo, cujo combustível não é somente mercadoria em sua materialidade, mas a própria vida. Esses programas biopolíticos dos dispositivos comunicacionais tomam as potências da vida como capital cultural para promoção dos eus que buscam gozo. Os agentes convocadores indicam, para os consumidores, modos para conseguir o a-mais rumo ao sucesso nesse mundo dito “flexível”. Colocam-se como especialistas que sabem como cada um pode bombar a própria vida. É em tal perspectiva que este livro nos propõe pensar uma política que enfrente a economia culturalista que provoca e convoca o sensível dos corpos, a partir da discussão dos contratos comunicacionais da mídia semanal, das revistas femininas, do cinema e de reality shows.


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EDIFÍCIO MASTER

Um estudo sobre face em entrevistas de cinema documentário

Maria Estela Maiello Modena

Para desenvolver sua pesquisa, Maria Estela Maiello Modena escolheu entrevistas do filme Edifício Master, dirigido por um dos grandes cineastas brasileiros, especialista em documentários, Eduardo Coutinho. Essa análise que confronta pessoas reais com personagens de uma entrevista de cinema será útil, sem dúvida, para estudar-se o problema das faces, igualmente, em textos literários, o que amplia o interesse deste estudo que deve ser visto como uma abertura em direção a uma pesquisa original no contexto da bibliografia linguística universitária brasileira da área, investindo em campos novos, que se afastam do habitual contexto do ensino, da maioria das pesquisas da área.


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EM BUSCA DE UMA TEORIA DO SENTIDO

Windelband, Rickert, Husserl, Lask e Heidegger

José Resende

Se o conhecimento se constituía como um dos principais problemas da filosofia moderna, a partir da virada do século XX, o sentido passa a ocupar esse lugar, colocando-se como uma das preocupações centrais da filosofia contemporânea. Neste livro, essa problematização do sentido é investigada a partir da interlocução entre a filosofia dos valores de Windelband, Rickert e Lask com a fenomenologia de Husserl.


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A ESTÉTICA ENTRE SABERES ANTIGOS E MODERNOS NA NUOVA SCIENZA DE GIAMBATTISTA VICO

José Expedito Passos Lima

Com altura intelectual notável, densidade teórica exemplar, fundado em atualíssima pesquisa bibliográfica, José Expedito Passos Lima estuda, no detalhe, o pensamento do filósofo italiano Giambattista Vico, em A Estética entre os saberes antigos e modernos na Nuova Scienza, de Giambattista Vico. No fluxo da fina reflexão, elaborada e exposta com clareza e síntese ao longo de todo o livro, cuida de não dissociar a Estética da complexa concepção de nuova scienza, contida na obra máxima, Nuova Scienza, e, no mesmo passo, sem deixar de traçar os elos da discussão acerca desse plano da Filosofia em textos menos conhecidos do napolitano. Mas, ao adentrar com maestria o intrincado pensamento viquiano, analisa as interpretações herdadas de Benedetto Croce e de pesquisadores contemporâneos, de alguma forma ainda alinhados pelo filósofo do espírito, como Battistini, Patella, Amoroso. O resultado é o ato de dimensionar na medida correta o lugar da Estética na obra viquiana, nem como disciplina autônoma, nem como interesse central dessa verdadeira enciclopédia moderna, construída sob o arco da cultura barroca e da matematização da ciência da natureza, em curso desde o lançamento da filosofia de Descartes, e de par com as vicissitudes da vida civil apresentadas pelo cotidiano da cidade de Nápoles.